Saiba como o La Niña afetará o clima no Paraná

Mesmo um IVS relativamente baixo pode significar um grande número de indivíduos em situação de vulnerabilidade, especialmente em estados com populações globais. Isso é particularmente relevante no contexto do Norte do Brasil, uma região que enfrenta desafios significativos em termos de infraestrutura, acesso a serviços básicos e condições socioeconômicas. Para o interior do Estado, os mais altos volumes devem ocorrer entre o Oeste e o Centro do Rio Grande do Sul com marcas acima de 200 mm em vários pontos e potencialmente acima de 300 mm ou 350 mm em algumas cidades. Também existe a previsão de alta frequência de raios com maior número de descargas na metade Oeste gaúcha durante os próximos sete dias.

Há 90% de probabilidade de uma La Niña substituir a partir de julho o El Niño, afirma uma Nota Técnica preparada para a Casa Civil pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Toda vez que a temperatura superficial do Pacífico Equatorial está 0,5°C abaixo que a média histórica, o fenômeno é classificado como La Niña. A época das chuvas chega ao fim com seca em boa parte da região Sudeste e Centro-Oeste, alerta Seluchi, do Cemaden. Já a repercussão midiática, diz o docente, estimula as doações, o que é positivo por revelar a solidariedade da sociedade.

Essa diferença de 0,63ºC parece pequena, mas já faz uma grande diferença no fino balanço climático do país e do mundo. Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, o cenário traz, ao mesmo tempo, grandes ameaças e boas oportunidades. A nova onda de calor é a terceira de 2024 e vem depois de o ano de 2023 ter apresentado uma espécie de “amostra grátis” do futuro climático do planeta.

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“Precisamos reestruturar todo o nosso sistema de defesa civil e pensar nos impactos à saúde causados pelas mudanças climáticas.” “O IBGE calcula que 2 milhões de brasileiros vivem em áreas de altíssimo risco para deslizamentos ou inundações e não podem continuar nesses locais. Além disso, 10 milhões moram em regiões de alto risco”, diz o cientista. Quanto maior for esse aumento da temperatura, piores serão as consequências em termos de eventos melhores notícias extremos, como os calorões, as estiagens e os temporais, como apontam especialistas. Além da influência das mudanças climáticas, preocupa a situação do Oceano Atlântico, que continua excepcionalmente quente. Com isso, mais calor vai para a atmosfera, contribuindo para desestabilizar o clima. Estudos internacionais sugerem que as mudanças climáticas podem fazer com que La Niñas consecutivas sejam intercaladas por um ano de El Niño.

Um deles teve lugar  em um daqueles que é considerado um dos maiores campos de refugiados do mundo. Localizado na cidade de Cox’s Bazar, em Bangladesh, abriga aproximadamente 900 mil refugiados da etnia rohingya, que desde meados dos anos 1990 fogem da perseguição em Mianmar. “O conteúdo era mais voltado para os efeitos da logística nos campos, mas os conceitos são muito parecidos com os cursos de extensão com as equipes da Defesa Civil, trazendo certas adaptações em função do tamanho do problema. Só para dar uma ideia, quase 20 caminhões de arroz chegam a ele todos os dias”, diz.

No território brasileiro, os efeitos do El Niño se traduzem em anomalias nos regimes de chuva e temperatura, provocando secas severas em algumas regiões, enquanto outras são acometidas por precipitações excessivas. As secas impactam diretamente a disponibilidade de água para consumo humano e para a agricultura, essenciais para a subsistência das comunidades rurais e para a segurança alimentar do país. Adicionalmente, comprometem-se a produção de energia hidrelétrica, afetando a economia e a qualidade de vida da população em geral. Enquanto o Norte e Nordeste registram chuvas acima da média, o Centro-Oeste e Sul enfrentam períodos de seca. Essas variações na precipitação e na temperatura do ar podem influenciar as atividades agrícolas. O Paraná está atento às projeções climáticas para o ano de 2024, especialmente diante da previsão da ocorrência do fenômeno La Niña, logo após o fim do El Niño.

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Durante o período da pandemia de Covid-19, o Brasil registrou um aumento sem precedentes nos índices de pobreza social, segundo uma pesquisa divulgada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Em 2021, o número de pessoas que vivem em condições de pobreza atingiu 64,6 milhões, representando 30,4% da população brasileira. O incremento de 11,7 milhões de brasileiros em situação de pobreza entre 2020 e 2021 destaca a gravidade do impacto econômico provocado pela pandemia.

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O mapa abaixo refere-se ao Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) dos estados do Brasil para o ano de 2021, conforme informações disponíveis no Atlas da Vulnerabilidade Social, acessível pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em seu portal on-line. Procuradas pelo g1, as prefeituras de Bertioga e Cubatão informaram que não registram ocorrências em decorrência das chuvas, que tiveram acumulado de 13 mm e 20 mm, respectivamente. A Prefeitura de Santos informou que o índice pluviométrico das últimas 72h foi 48,2 mm. Desta forma, os morros estão em estado de observação, mas não há pontos de alagamentos. A Defesa Civil Municipal registrou um escorregamento de terra na escadaria de acesso à Rua 3, mas o local já passa por vistoria.

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Outra situação com possibilidade de ocorrer na primavera é a de episódios de frio mais intenso, o que pode causar impactos na saúde, afetando pessoas sem abrigo adequado com hipotermia, e na agricultura, afetando culturas que estiverem na etapa de crescimento. O MT Hemocentro celebrou, na manhã desta sexta-feira (15.03), 30 anos de serviços prestados à população de Mato Grosso, com… “Os planos de adaptação às mudanças climáticas não são apenas um documento bonito, escrito em letras douradas, que fica exposto numa prateleira”, diz Marengo. As regiões afetadas pela seca necessitam de cisternas e reservatórios, para garantir o suprimento de água.

Em ambos os casos, os impactos desses eventos (inundações ou terremotos) nas nações mais ricas e com planos de contingência (caso de Holanda e Japão) costumam ser bem menores do que nos lugares mais pobres e sem uma estrutura para proteger a população (como Bangladesh e Turquia). O Brasil já é mais propenso aos eventos extremos, porque é um país tropical, explica ele. Em um dos cenários mais otimistas (em que as emissões são zeradas um pouco depois de 2050), os termômetros brasileiros passariam de 25,84ºC em 2014 para uma média de 26,67 ºC em 2100. Também é consenso que eles estão relacionados — e são potencializados — pelas mudanças climáticas causadas pela ação humana. Muitos desses eventos extremos, como são conhecidos pela Ciência, já apareciam nas projeções feitas pelos especialistas ao longo das últimas décadas.

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